A nossa condição humana torna-nos seres curiosos por
natureza. A primeira manifestação clara e explícita dessa curiosidade surge por
volta dos três anos, no período clássico e habitual do desenvolvimento das
crianças, quando começa a "idade dos porquês". Jean Piaget definiu
esta ocasião por "período pré-operatório". A criança quer compreender-se
a si mesma, entender os outros e o seu comportamento, perceber as regras e os
modos de agir, perceber os cenários que a envolvem, enfim, perceber tudo – ou
quase tudo. E os adultos em quem tem mais confiança são os destinatários escolhidos
para clarificar as suas desconfianças.
É esta “bisbilhotice” inacabável, esta pesquisa em compreender
o mundo, que as transportará a fazer sempre novas descobertas e a requintar as
suas estruturas mentais.
Com o crescimento e desenvolvimento humano e cognitivo, as
pessoas adquirem uma noção crítica baseada em conceções e princípios rigorosos,
não em condutas rígidas e céleres. O pensamento crítico aplica não apenas
lógica (formal ou, mais frequentemente, informal) mas raciocínios intelectuais largos
como clareza, credibilidade, acurácia, precisão, relevância, significância.
Para além do conceito puramente congruente de fundamento
válido, as conceções de bom argumento, argumento forte e argumento fraco são fundamentais
à aplicação da alegação. Pensamento crítico, tido como uma apreciação planeada
e meditativa sobre o que acreditar ou o que fazer em resposta a uma análise,
experiência, expressão verbal ou escrita, ou argumentos, pode envolver delimitar
o significado e significância do que está a ser analisado ou representado, ou,
em relação a uma dada dedução ou argumento, determinar se há prova apropriada
para aceitar a conclusão como sendo verdadeira. O pensamento crítico possui uma
abordagem na apreciação das evidências, no contexto do julgamento, e a pertinência
da norma para se fazer o julgamento, os métodos e técnicas empregáveis para produzir
a opinião, e os constructos hipotéticos aplicáveis para entender a natureza do
problema e da questão. Mas o pensamento crítico é algo que nem sempre está
presente ou quando está, é muitas vezes enviesado por crenças e pela falta da
clareza de valores.
É aqui que entra o coaching. Não sendo uma nova forma de
pensamento, o coaching recupera muito da maiêutica socrática que, através de
perguntas sobre um determinado assunto, o interlocutor é levado a encontrar a
verdade sobre algo. Esta forma de pensamento do século IV a.c. procura provocar
pensamentos profundos em cada uma das pessoas, partindo do princípio de que o
conhecimento é intrínseco a cada pessoa e que seria apenas necessário ativá-lo
através de alguns estímulos para que este avançasse com novas conspeções.
A frase de Sócrates "Conhece-te a ti mesmo" permite
entender que o conhecimento, a ciência, está dentro do Homem e que isso admitiria
encontrar respostas distintas para uma mesma discussão.
É esse o desafio que a Alta Performance propõe a quem procura o melhor de si: Escutar as nossas questões para gerar em cada um uma reflexão profunda de forma a encontrar as respostas adequadas, desenhar um plano de acção e iniciar a caminhada em direcção ao sucesso.
POR: Miguel Silva
POR: Miguel Silva
Comentários
Enviar um comentário